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Quais as diferenças entre sarampo, catapora e rubéola?

Atendimento / Vacinas / 14 de Jul de 2021

O sarampo, a catapora e a rubéola são doenças consideradas altamente contagiosas e que costumam acometer, sobretudo, crianças, que podem manifestar alguns sintomas similares, como febre e lesões avermelhadas pelo corpo. Devido a estas semelhanças, as pessoas acabam fazendo confusão, porém, é necessário saber diferenciar cada uma destas infecções para fins de tratamento preciso e prevenção adequada.

O sarampo, por exemplo, considerado como uma doença erradicada do território nacional desde o ano de 2016, infelizmente, voltou a dar as caras em 2020. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou infecções em 21 estados, sendo que em 17 destes, a cadeia de transmissão foi interrompida e em quatro ela se mantém.

Por isso, neste artigo, vamos comentar as diferenças entre sarampo, catapora e rubéola, que vão desde o vírus causador da doença, a gravidade e as complicações associadas a cada uma delas, assim como a vacinação. Conheça mais sobre elas continuando a leitura:

Sarampo

Entre as três doenças em questão, o sarampo é vista como a mais grave, uma vez que pode deixar o organismo mais debilitado. Com a imunidade mais baixa, ocorre o risco de infecções secundárias, como pneumonia e encefalite que, em crianças, podem ser fatais — tal fato acontecia mais frequentemente antes da década de 1960, quando não havia a disponibilização da vacina para a população.

Trata-se de uma doença causada pelo vírus Measles morbillivirus, que é transmitido por meio da respiração, tosse ou espirro de alguém contaminado, daí a facilidade de contágio. A transmissão ocorre na fase onde a pessoa começa apresentar os sintomas, como febre, mal-estar, coriza e outros, durante até quatro dias após o surgimento das manchas avermelhadas.

Como mencionado anteriormente, com a ampla divulgação e adesão às campanhas de vacinação, o sarampo entrou para a lista de doenças erradicadas no Brasil em 2016, mas a partir de 2020, ela voltou a apresentar um número considerável de contágio, provocando surtos em estados como Amazonas e Roraima.

Sintomas do sarampo

Mesmo que existam casos em que o indivíduo, infectado pelo vírus do sarampo, não apresente nenhum sintoma, na maioria dos casos são vistos presentes alguns sinais que podem indicar e servir de diagnóstico para a situação. Entre os principais sinais, vistos como parecidos como um resfriado ou gripe, destacam-se a febre alta, tosse, irritação nos olhos, congestão nasal e mal-estar. Esta fase compreende cerca de quatro dias e é considerada a mais contagiosa.

Após este período surgem as famosas manchas avermelhadas pelo corpo, iniciando na região do rosto e vão tomando conta do resto do corpo até alcançar os pés, processo que dura cerca de três dias. Além das manchas vermelhas, também é característico do sarampo surgir manchas esbranquiçadas muito dolorosas na mucosa da boca (manchas de Koplik), entendidas como um forte indicador da doença.

Catapora

A catapora, por sua vez, é causada pelo vírus Herpesvirus varicella — motivo pelo qual também é chamada de varicela. É uma doença majoritariamente comum em crianças, mas que, como o sarampo, também pode acometer adultos. As pessoas que contraem essa doença adquirem imunidade contra o vírus.

Ela é transmitida via gotículas expelidas pela tosse, espirros ou pela fala, além do contato direto com secreções das feridas provocadas pela doença ou ainda por superfícies contaminadas pelo vírus. Assim como o sarampo, a prevenção do sarampo se faz por meio da vacina.

Sintomas de catapora

Os primeiros sintomas que o indivíduo infectado pelo vírus da catapora experimenta são febre, mal-estar, fadiga e dor de cabeça. Logo em seguida, as lesões avermelhadas, principal característica clínica da doença, surgem na pele, podendo apresentarem-se em algumas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e, por fim, crostas), sempre acompanhadas por coceira. Estas lesões se concentram, especialmente, nas regiões do rosto e garganta, mas podem também aparecer em outras partes do corpo.

E mesmo que o desconforto causado pela coceira seja intenso, é indispensável não coçar as feridas, por tal comportamento pode provocar novas infecções causadas por bactérias.

Rubéola

Causada pelo vírus Rubella vírus, do gênero Rubivírus, a rubéola é uma doença infecciosa transmitida por via respiratória menos grave quando comparada ao sarampo e à catapora. Nas crianças, pode ser considerada benigna, pois não são verificadas complicações.

Contudo, seu alto perigo surge em casos de gravidez, em que a gestante contrai o vírus e este atinge o feto, feito que pode causar uma série de problemas graves, como catarata, cegueira e microftalmia, além do atraso no desenvolvimento mental, malformações no tecido cardiovascular e do sistema nervoso. 

Devido a tal fato, antigamente era frequente meninas lidarem diretamente com crianças que estivessem com rubéola, pois isso permitiria que elas desenvolvessem a doença ainda novas, ficando imunes à mesma no futuro. Hoje em dia esta prática não faz sentido nem é fomentada, uma vez que a vacinação é suficiente para prevenir a rubéola.

Sintomas de rubéola

Segundo estudos, apenas 20% dos infectados pelo vírus da rubéola apresentam sintomas. Entre os que apresentam, os sinais mais comuns são as manchas vermelhas na pele (parecidas com as do sarampo), que surgem no início no rosto e se espalham pelo resto do corpo com o passar do tempo.

A coceira também é um sintoma que pode aparecer, mas esta se dá de maneira mais branda do que na catapora e, além dela, a doença também pode causar febre baixa, de até 38º, assim como algumas dores e inchaço nas articulações.

Como saber se é sarampo, catapora ou rubéola?

Como você pode ver, existem diferenças que podem ser verificadas a partir dos sinais e sintomas de cada uma das doenças, mas, mesmo sendo um pouco divergentes, o diagnóstico preciso e adequado deve ser realizado por um profissional de saúde.

Como se proteger contra estas doenças?

Agora que você conhece as diferenças entre sarampo, catapora e rubéola, saiba também que a melhor forma de prevenção contra estas doenças se faz por meio da vacinação. Trata-se de um ato extremamente essencial, já previsto no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.

São vacinas que estimulam o sistema imune da pessoa à medida que induz a produção de anticorpos contra os vírus em questão. Desse modo, caso a pessoa, já imunizada, for exposta ao vírus, seu organismo já estará preparado para impedir a infecção.

Vacina do sarampo

No caso do sarampo, sua vacina está disponível em duas versões, com a vacina tríplice viral, capaz de proteger contra três doenças (o próprio sarampo, a caxumba e a rubéola), ou a Tetra Viral, que protege ainda contra a catapora. A primeira vacina faz parte do calendário básico de vacinação da criança, sendo administrada em forma de injeção e composta pelo vírus inativo do sarampo.

A primeira dose da vacina do sarampo é aplicada aos 12 meses de idade e a segunda dose é aplicada entre os 15 e 24 meses. Adolescentes e adultos que receberam 2 doses na infância não necessitam reforço. Para adolescentes e adultos até 29 anos que não tenham recebido vacina indica-se duas doses; para adultos entre 30 e 59 anos indica-se uma dose, e aqueles com 60 anos ou mais não necessitam receber a vacina.

Vacina da catapora

A vacina contra a catapora deve ser aplicada em duas doses, aos 12 e 15 meses de idade. Pode ser aplicada sozinha ou em associação com a Sarampo, Caxumba, Rubéola, vacina conhecida como tetraviral.

No que toca à vacinação contra a catapora, existem algumas indicações que devem ser levadas em consideração:

  • A população indígena recebe a vacina a partir dos quatro anos de idade;
  • Em surtos hospitalares da doença, deve-se vacinar, até cinco dias após a proliferação, crianças com mais de 9 meses de idade que estejam com a imunidade baixa e que estejam no mesmo hospital, além das demais pessoas que poderão ser infectadas;
  • Deverão ser vacinados profissionais de saúde, cuidadores e familiares suscetíveis à doença, que convivam com pacientes com risco de contrair a doença e que poderão apresentar consequências graves, como crianças com câncer, pessoas debilitadas após cirurgias, doadores de órgãos e células-tronco, entre outros;
  • Pacientes acometidos por doenças renais crônicas;
  • Adultos necessitam tomar duas doses da vacina;
  • Crianças, adolescentes e adultos infectados pelo vírus HIV; e
  • Às pessoas que realizam uso crônico de aspirina, recomenda-se interromper o uso do medicamento por cerca de seis semanas após a vacinação.

Vacina da rubéola

Assim como o sarampo, a vacina que protege o corpo da rubéola é a tríplice-viral: a primeira dose é aplicada em crianças com um ano de idade e a segunda dose é administrada entre quatro e seis anos. Além das crianças, adolescentes e adultos (homens e mulheres) também precisam tomar a vacina, especialmente mulheres que não tiveram contato direto com a doença. 

Atenção: gestantes não podem receber a vacina e mulheres em idade fértil necessitam evitar a gestação por cerca de 30 dias após a vacinação.

A importância da vacinação: você cuida de você e do próximo

A vacinação, ao mesmo tempo que protege a própria pessoa, também é vista como essencial para a chamada imunidade coletiva, daí a importância da adesão às campanhas de vacinação que, infelizmente, tem reduzido nos últimos anos.

A imunidade coletiva refere-se à resistência de um grupo em relação a um agente que acusa uma infecção, como é o caso do sarampo, que em 2016 foi considerada uma doença erradicada do país. Tal resistência consiste na proporção de pessoas imunizadas entre os membros desse mesmo grupo. Em outras palavras, as pessoas não vacinadas possuem uma probabilidade maior de não serem infectadas por um agente infeccioso. Assim, se a cobertura vacinal esperada não atinge seu objetivo, a existência de surtos passa a ser um risco. 

É por isso que você, seus filhos, pais, familiares e amigos, precisam se vacinar, seja contra o sarampo, a catapora, a rubéola ou qualquer outra doença, pois você, além de cuidar de si próprio, cuida das pessoas que estão próximas a você. E é este pensamento que deve ser reforçado entre a população, seja em período de campanhas de vacinação ou não.

Fonte(s): Medprev, Fio Cruz, Hilab, Revista Superinteressante e JDV.

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